sábado, novembro 25, 2006

Sou uma artista declarada.
Uma pianista anônima.

domingo, novembro 05, 2006

941 - O medo da morte é para muitas pessoas uma causa de perplexidade; de onde vem esse temor, visto que elas têm diante de si o futuro?

- É errado que tenham esse temor. Todavia, que queres tu! Procuram persuadi-las em sua juventude de que há um inferno e um paraíso, mas que é mais certo que elas irão para o inferno porque lhe dizem que, o que esta na Natureza, é um pecado mortal para a alma. Então, quando se tornam grandes, se têm um pouco de julgamento, não podem admitir isso, e se tornam atéias ou materialistas. Eh assim que as conduzem a crer que, fora da vida presente, não há mais nada. Quanto as que persistiram em suas crenças da infância, elas temem esse fogo eterno que as deve queimar, se as destruir.

(...)

Guerras de palavras! Guerras de palavras! Não fizestes verter bastante sangue! É preciso, pois, ainda reacender as fogueiras? Discutem-se sobre os temas eternidade da penas, eternidade dos castigos. Não sabeis, pois, que o que entendeis hoje por eternidade, os antigos não o entendiam como vos? Que o teólogo consulte as fontes, e como todos vos, descobrira nelas que o texto hebreu não deu a palavra que os Gregos, os latinos e os modernos traduziram por penas sem fim, irremissíveis, a mesma significação. Eternidade dos castigos corresponde a eternidade do mal. Sim, tanto que o mal exista entre os homens, os castigos subsistirão; é no sentido relativo que importa interpretar os textos sagrados. A eternidade das penas, portanto, não é senão relativa e não absoluta. Dia vira em que todos os homens se revestirão, pelo arrependimento, com a túnica da inocência e nesse dia não mais haverá gemidos e ranger de dentes. Vossa razão humana é limitada, eh verdade, mas tal qual é, é um presente de Deus, e com essa ajuda da razão, não há um só homen de boa fé que compreenda de outro modo a eternidade dos castigos. A eternidade dos castigos! Como! Seria preciso, pois, admitir que o mal fosse eterno. Só Deus é eterno e não poderia criar o mal eterno; sem isso seria preciso arrancar-lhe o mais sublime dos seus atributos: o soberano poder, porque não é soberanamente poderoso quem pode criar um elemento destruidor de suas obras. Humanidade! Humanidade! Não mergulhes, pois, mais teus melancólicos olhares nas profundezas da Terra para ai procurar os castigos; chora, espera, expia e refugia-te no pensamento de um Deus intimamente bom, absolutamente poderoso, essencialmente justo.

PLATÃO

Textos extraídos do Livro Dos Espíritos – Allan Kardec

Seja bem vinda Vênus de Willendorf! Linda desenhista de Rio Mafra!