Então Adão comeu a Eva...

Ou seria Eva quem comeu Adão?

Definição – Bloco artístico: Um bloqueio mental, idéias não entram, inspiração não entra, desenhos não saem. Duração, de um mês até alguns anos... Apenas explicando o blog parado!

Sai com a cara de quem fugiu de casa. Fugi da rotina. Ao andar, meu pé estava quase na vertical, batendo direto com o calcanhar no chão. Dava um impacto tranqüilo, fazendo o tronco do meu corpo balançar. Eu com aquela cara "Sim, estou ouvindo Pink Floyd." Aquele sorriso que engana os despercebidos, estilo Mona Lisa. Um sorriso que não é considerado um sorriso, mas se olhar com calma, percebe-se que ela esta, de fato, feliz. Quem sabe o Leonardo da Vinci colocava o vinilzão do Wish You Were Here no ateliê pra a dona Mona Lisa escutar?
Ao chegar na praça, sentei em um banco qualquer. Os idosos são tarados, as crianças são ranhentas e os casais não se olham na cara. Bacana mesmo são as plantas psicodélicas que lá achei e tive o prazer de registrar.

Dia nublado, estava pra chuva. Eu andava ligeiro, mesmo com as minhas pernas curtas. Encontrei um filosofo no caminho, ele estava de carro. Apesar de que a ultima vez que eu o vi, eu estava puta da cara com ele e olhei pro chão pra desviar o olhar, hoje dei um sorriso com um simpático “tchauzinho” e ele respondeu fazendo um sinal da paz com a mão. Pura bestera ficar de mal com as pessoas, principalmente um filosofo como ele.

Mas do que rápido cheguei na casa que eu estava a caminho. Entrei, estava tocando Queen. Nossa, quanto tempo eu não escutava esse som maravilhoso. Tinha ate esquecido como eu devo a minha vida a esta banda. É! A minha vida mesmo. De Queen foi pra Beatles, ai não tinha mais volta, estava perdida num paraíso cheio de boa musica. Tanta informação em tanto pouco tempo. Foi a melhor coisa que podia ter acontecido comigo. Meu pai aproveitou o embalo e comprou uma guitarra, nunca pensei que um instrumento mudaria minha vida tão radicalmente. Ganhei um homen de brinde!

Enfim, voltando ao meu dia... Estava naquela casa, curtindo o tempo que tinha com ele. O celular toca e dou um pulo, estava na hora de ir. Dei um tchau rápido, não podiam saber que eu estava lá. Saindo da porta a chuva começa a cair. Só o que me faltava. Comecei a correr pois ainda tinha um bom caminho ate chegar em casa. Mas não fui muito longe quando eu parei e pensei; Pra que correr?! A chuva estava tão boa. Abri meus braços, e deixei a chuva cair em mim. Olhei pra cima e abri bem a boca, botando a língua pra fora, (porque a chuva nunca cai dentro da boca?). Mesmo assim, delicia!